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e a conceituada análise geopolítica

MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA


por Cyro Saadeh*

A televisão é uma das maiores paixões brasileiras e símbolo, segundo alguns, do sistema capitalista, graças à fácil veiculação de publicidade.


A verdade é que muitos pais e mães utilizam a televisão como instrumento auxiliar na educação dos filhos. Há programas educativos e também muito lixo, e isso não é de hoje.


A tevê brasileira surgiu em 1950, graças à ousadia do mega-empresário das comunicações e proprietário da Tupi, Assis Chateaubriand, que, para concretizar seu sonho, teve que importar aparelhos televisores, então inexistentes no Brasil.


A memória da televisão que temos é relativamente pequena. Quem se destacou na frágil lembrança nacional foi o apresentador Chacrinha, idolatrado pelos críticos e criador de uma linguagem fantástica, ainda copiada por muitos. Um programa jornalístico marcante foi o "Repórter Esso", da antiga TV Excelsior. E foi essa rede de televisão, que se opôs de forma contundente ao golpe militar, que inaugurou no Brasil o que se chama de padrão de qualidade, com jornalismo, programas de auditório e telenovelas de primeira linha. Ainda na década de 60, por motivos políticos, foi abruptamente cassada e seus transmissores bloqueados. Os artistas? Largados à própria sorte, com o que se aproveitou a TV Globo, que hoje se diz criadora do "Padrão de Qualidade".


Você se lembra de algum outro detalhe relevante? Eu sei que teve alguns eventos políticos que ficaram marcados na TV, como a cobertura das Diretas-Já, mas a nossa preocupação com a história da tevê é falha e lastimável, beirando a negligência.


Uma das atrizes mais importantes da TV brasileira, Vida Alves, montou em sua casa uma espécie de museu da televisão ainda na década passada, com fotos, televisores e figurinos e fundou a Associação Pró TV. Algo modesto, mas que representava a vontade de que o surgimento da nossa televisão não fosse esquecida.


Para quem não sabe, Vida é uma artista de primeira. No auge dos seus 80 anos, não se cansa nunca e continua a trabalhar, agora somente no teatro. Criteriosa e preocupada com acertos gramaticas, teve a grande sorte de trabalhar com os maiores nomes da tevê e do teatro brasileiros. Ousada, foi a personagem do primeiro beijo na tevê tupiniquim.


Em um acerto com a prefeitura da Capital Paulista e a TV Cultura de São Paulo, a sempre bem humorada e falante atriz conseguiu apoio para inaugurar em um grande prédio, no antigo gasômetro da cidade, um museu com mais de 25 mil m2 destinado à Televisão Brasileira, cuja finalidade é promover palestras, exposições, pesquisas e publicações, além de preservar materiais produzidos e os próprios equipamentos de televisão.


A inauguração está prevista para hoje, dia 30 de junho. E aí, você não quer saber um pouco mais dessa paixão dos brasileiros? Vá lá fazer uma visita.


Ah, tem a página na internet. Dê uma olhada antes de comparecer: http://www.museudatv.com.br/
(a imagem utilizada neste texto foi extraída da página virtual do museu)
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* jornalista

Memórias de um amor que já se foi!


por LÚ MATOS*


Ei, você!!! Cadê você???


Você que um dia, sem mais nem menos, chegou na minha vida e quase como um atropelamento me assediou com palavras que fariam a mais feia das mulheres se achar deusa!

Você que me perseguiu e me elegeu a dona dos seus mais lindos sonhos! Aquela capaz de te divertir e ser a melhor companhia da sua vida!

Você que com aquele jeito sedutor me envolveu e me fez ter as noites mais completas e ardentes! Você que- me fazia rir de tudo e acordar nas nuvens! Cadê você?


Você que me fez acreditar no amor sem interesses, sem máscaras, sem segundas intenções...

Você que me fazia dançar mesmo sem música e me fazia flutuar quando em seus braços eu ouvia uma melodia que eu acreditava ser só nossa!

Você que ao me beijar me fazia ir até o paraíso e quando eu voltava era seu sorriso que me fazia permanecer nele!!!

Você, o único encontro que eu esperava ansiosa e feliz! Você que me fazia passar horas no espelho me preparando e me perfumando somente pra te ver!


Você que me fazia sentir borboletas no estômago!

Você que era a voz mais sensual e gostosa aos meus ouvidos!

Você que arrancava de mim os melhores gemidos e me tinha completa, inteira...

Por onde andarás ??? Em que outros braços poderia ser tão melhor acolhido que os meus ???


Era sonho? Não! Éramos nós dois, e éramos um só! Tão infinito que só creio numa morte física para a distancia que existe agora entre nós! Prefiro colocar num túmulo o nosso amor ! Porque matando você dentro de mim posso assim escrever: Eu vivi um amor lindo, puro, intenso e verdadeiro! Mas ele se foi pra sempre, morreu, não se sabe o porquê nem de que... Fico aqui, viúva de nós! E esperando que um novo amor, assim como foi o nosso, invada a minha vida de novo e eu possa dizer como o poeta: “Que seja infinito posto que é chama, mas, que seja eterno enquanto dure”.


O amor acontece sempre assim, e graças a Deus ele acontece não só uma ou duas vezes na vida! Mas, acontece sempre pras pessoas que, como eu, andam eternamente apaixonadas! E é tão verdadeiro tudo isso que já sinto a presença de um novo amor no ar !!!


Coisas do amor!!! É por essas e outras que creio no amor e vivo sempre na busca incessante de vivenciá-lo a todo momento! Esse sim é o melhor alimento pra alma e pro coração!

Pra terminar, cito Cazuza: “Eu quero a sorte de um amor tranqüilo”.

Que venha logo o novo amor!
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* jornalista e conhecedora da alma feminina

MANDALLA

por AURIANE BRITTO*


Em um seminário no qual palestrei no município de Tiquara, na Bahia, pude conhecer a Mandalla. Uma nova forma de cultivo que veio beneficiar o pequeno agricultor que, além de tudo, necessita plantar para sua sobrevivência.

A Mandalla, um projeto criado por um paraibano, pode ser construída até no quintal de uma casa e as hortaliças que serão cultivadas poderão ser comercializadas ou consumidas pelo próprio agricultor. O sistema é simples: mangueira, bomba ligada à energia, contonetes, madeira, cimento, água e outros poucos materiais, são alguns dos ingredientes dessa nova receita que vem sendo utilizada no Nordeste e muito aceita por quem prefere plantar a comprar os produtos em mercados.

De acordo com Elder James, estudante de Geografia e técnico agrícola, com cerca de R$1.300,00 o agricultor pode construir uma Mandalla. Claro que o valor depende da extensão do terreno e da quantidade de culturas, porém, o baixo custo e a facilidade no manuseio servem de atrativos para os habitantes da zona rural.

A Mandalla lembra o sistema solar: o sol (água) fica no meio enquanto os outros planetas (as culturas) formam círculos ao redor dele. A invenção tem como objetivo: não utilizar agrotóxicos na plantação que tanto prejudicam o trabalhador, o consumidor e o solo; e promover a sustentabilidade entre os moradores da zona rural.

Muitas ONGs do semi-árido nordestino, como o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) sediada em Juazeiro, na Bahia, estão utilizando a Mandalla e disponibilizam seus profissionais para capacitar outras pessoas interessadas. “É só organizar uma equipe e agendar uma visita”, diz Elder James.

A água utilizada na Mandalla pode ser a mesma coletada na chuva, facilitando a vida dos agricultores que moram em locais que ficam distantes de rios ou açudes.


Com o pensamento voltado àqueles que sobrevivem de acordo com os recursos naturais da sua localidade, o nordestino mostra a importância de iniciativas nas quais favoreçam a população humilde do campo driblando problemas como o preconceito e as limitações do clima semi-árido.

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* Professora de Geografia e colunista do JP

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E CARICATURAS

DESENHOS ANTIGOS COM HISTÓRIAS ATUAIS. GRANDES AUTORES QUE FIZERAM GRANDES PERSONAGENS, HOJE EM DOMÍNIO PÚBLICO.

AQUI, EM SETEMBRO.

Ser ou não ser Hamlet?


por Leliane Moraes*



Wagner Moura encara o desafio de interpretar o ícone do inenarrável Shakespeare

Após sucesso na TV como Olavo, e no cinema com o Tropa de Elite de seu capitão Nascimento, Wagner Moura aceita interpretar no teatro Hamlet de Shakespeare e prova que a versatilidade de sua profissão realmente corre em suas veias.

Dirigido por Aderbal Freire Filho, o diretor não se poupa em elogios a Wagner e ao personagem que ele foi incumbido de protagonizar.

Para conferir esse espetáculo e prestigiar nosso querido artista, basta adquirir seu ingresso no teatro Faap. As apresentações acontecem de sexta e sábado as 20h e de domingo as 18h. Localizado pertinho de nós na rua Alagoas, 903. Pacaembu, o preço é de R$80,00 e a censura a partir de 14 anos de idade. Para mais informações: (011) 3662-7233

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* jornalista

A HOMOSSEXUALIDADE E NÓS

por Alexandre Saadeh, psiquiatra e sexólogo


(Imagem de domínio público - "O Nascimento de Vênus", de Sandro Botticelli - Web Museum)

A questão da diferença está mais do que impressa na sexualidade humana. Anatomicamente somos distintos como machos e fêmeas e mesmo dentro dessas categorias existem diferenças individuais. As anatômicas nos causam desconforto, seja por que implicam beleza, masculinidade, feminilidade ou mesmo fantasias sexuais (tamanho de mamas, de pênis, musculatura, gordura corporal, etc.). Tendemos a ver, como nossos antepassados que “perfeição” física e beleza é um dom que veio de Deus e que se traduz em bondade, confiança e bom caráter. Nada mais irreal. O mesmo se dá com a orientação sexual de cada um de nós. Pode parecer incrível, mas não optamos, escolhemos se vamos ter desejo ou tesão por homem, mulher ou ambos. Não é uma questão de consciência ou de moral; é uma questão de desejo e esse não depende da vontade e sim de algo ainda indefinível. Por isso a Medicina e a Psicologia aboliram o termo opção quando se fala de homossexualidade. Não é, na verdade, uma opção e sim uma falta de opção, como muitos homossexuais falam.


Também a homossexualidade não implica em marcas de caráter de maneira geral. Significa apenas ter desejo por alguém do mesmo sexo e não bondade, honestidade, chatice, agressividade, etc. Existem homossexuais bons, maus, honestos, desonestos, chatos, legais, como qualquer outra pessoa, seja ela heterossexual, bissexual, transexual, ou sei lá mais o quê. Quem a pessoa é ou se torna tem relação com as heranças genéticas, a educação, as vivências pessoais e afetivas. A homossexualidade parece ter forte herança genética, mas não só. Ainda não podemos afirmar causa ou causas, mas o importante é saber que não é doença e muito menos sem-vergonhice. Se formos pesquisar de verdade, à nossa volta existem muito mais homossexuais do que sabemos e isso não muda nada em nossas vidas. São pessoas como outras quaisquer, vivendo, amando, se frustrando e fazendo o melhor para si e para o mundo. Não vale à pena romantizar a homossexualidade também. Não são melhores nem piores. Possivelmente sofrem mais por conta da diferença e muitas vezes da exclusão que sofrem socialmente ou que se impõem.


Já é tão difícil viver de maneira íntegra, responsável e gentil com os outros, por que buscar na diferença a exclusão de pessoas que não conhecemos ou que se conhecemos, a orientação sexual (esse é o termo técnico), é apenas mais uma característica dela e talvez, na maioria dos casos, a menos importante?


Quem se preocupa menos com sexualidade alheia tem mais chances de se ocupar de sua própria sexualidade e aí sim se realizar nela!

CRÔNICA - MARCIANOS

por Cyro Saadeh*


(imagem de domínio público - Image courtesy of the Image Analysis Laboratory, NASA Johnson Space Center)

Dizem que os seres humanos têm uma necessidade vital de saber se existe vida em outro planeta. Fico imaginando se pousasse um Disco Voador não necessariamente no Iraque, no Afeganistão ou no Sudão, mas nos Estados Unidos.


Do jeito que o pessoal de lá anda assustado e vive com medo, é possível que as Forças Armadas nada fracas ou ingênuas de lá exercessem o papel sempre apregoado de defesa em prol da liberdade e começasse atirando mísseis convencionais, para logo em seguida utilizar armas químicas e também as nucleares. Coitados dos marcianos. Se não tiverem um escudo anti-mísseis, seriam carbonizados antes mesmo de entrarem na atmosfera terrestre.




Caso não fossem dizimados e chegassem a pousar no planeta Terra, o que poderíamos oferecer a eles, pobres marcianos? Escravidão, compra da sua mão-de-obra, exploração econômica, bases militares em Marte, bombas nucleares, empregos sem normas trabalhistas protetivas, exploração sexual dos seus filhos, empresas cosmosnacionais (uma versão das empresas multinacionais para o cosmos), o império da língua inglesa na cosmosnet (internet mais universalizada, digamos, assim)?




Pensando bem, estão certos esses marcianos, que apenas frequentam o nosso imaginário e permanecem distantes fisicamente. Sorte a deles.



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* jornalista

AMAZÔNIA, UMA GUERRA SEM ARMAS


(imagem de domínio público, obtida por satélite da NASA)
por Cyro Saadeh*



É incrível o interesse internacional pela Amazônia. Reduto de espécies ameaçadas de extinção, essa região não é a mais rica em biodiversidade, como atestam os biólogos, inclusive. Mas, infelizmente, a propaganda é de que a Amazônia é fonte de tudo e rica em tudo. De tudo não é, mas é farta em minérios e, dizem, no ouro preto, o petróleo. Além disso, possui relevância geopolítica, pois a sua região circunvizinha diversos países da América do Sul, onde há conflito, inclusive, como na Colômbia, entre as Farcs, o exército e os paramilitares.


Mas não é só isso. Há muitos anos os Estados Unidos demonstram interesse por aquela região. Logo após a independência, o Tio do Norte mandou uma expedição para cá. No século passado, a Ford, de origem e capital estadunidenses, mantinha uma cidade em plena floresta. Hoje, dizem, há estudos científicos produzidos pelos militares estadunidenses em plena floresta, com o aval expresso do governo federal, acerca de 10 anos.


Além disso, ONGs e pretensas seitas religiosas mantêm uma relação muito próxima com os indígenas, mas com qual propósito? O de preservar as tradições indígenas? Parece que não, já que os índios não criaram as religiões cristãs e nem tinham o hábito de falar francês ou inglês.


Os índios amazônicos, como quaisquer outros no nosso País, têm pleno direito a uma vida digna e a terem respeitados os seus costumes, hábitos e culturas. No entanto, há que sopesar-se atitudes pró-índios e os atos dissimulados na proteção daqueles.


Por outro lado, o agro-negócio e o setor madeireiro têm praticado ações de desmatamento, queima e degradação ilegal da floresta. O governo federal e os estaduais têm se calado frente a essa realidade que agride a todos nós, brasileiros. O Brasil e os brasileiros não têm feito a sua parte.


Assim como a Caatinga e Fernando de Noronha, a Amazônia é de todos os brasileiros, e que, por essa circunstância, se tornam responsáveis pela sua manutenção. Os interesses estrangeiros e especulativos têm que ser repudiados de imediato e cabe aos cidadãos exercer esse papel de defensores não apenas da natureza, mas do bem-estar coletivo, cobrando das autoridades determinadas atitudes.


Se os governos estrangeiros querem intervir no direito dos brasileiros explorarem a floresta, vedando qualquer atividade deste tipo, deveriam contribuir para tanto. Não há motivo para que um país que ainda abriga famintos, miseráveis, desempregados e pobres, ser compelido a abrir mão do direito de progresso industrial, como o alcançado pelos estadunidenses e europeus. Não se esqueça de que aqueles desmatavam o que viam pela frente e estes últimos conseguiram dizimar as suas florestas, restando hoje apenas 3% da área original.


Não podemos nos esquecer que em relação à Amazônia devemos sempre observar os seguintes interesses: o respeito ao meio-ambiente sadio; o da soberania nacional; o dos índios à dignidade; o da população local ao emprego digno; o da exploração equilibrada da floresta para o crescimento econômico brasileiro; e o das gerações futuras, que é viver. Sem radicalismos de um lado ou de outro, poderemos alcançar o equilíbrio necessário para preservar uma área que é tão cara a nós brasileiros e, ao mesmo tempo, fomentar a criação de empregos para os habitantes da região. Outros interesses apenas alcançam propósitos particulares ou estrangeiros e, por isso, devem ser recebidos com muita cautela.


No Iraque e no Afeganistão houve a invasão militar e forças de ocupação apoderaram-se das riquezas petrolíferas e de gás. No Brasil, dissimuladamente, estrangeiros vêm se apropriando de nossas terras e impondo condições, ao mesmo tempo em que ONGs e grupos religiosos pressionam os governos no sentido que lhes convêm. O Brasil, sem guerra, sem beligerância, vem perdendo o domínio sobre uma área tão importante. Não podemos permitir isso.


Não à internacionalização da Amazônia, assim como se diz não à internacionalização das armas nucleares, não às atitudes beligerantes e não ao imperialismo dissimulado de preocupação ambiental.

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* jornalista

FOBIA DE NAMORO


por LÚ MATOS*



Nesta semana me vi numa mesa de restaurante com dois amigos e depois de alguns drinques dei uma cutucada nos moços!


Eu adoro amizades masculinas. Tenho, digamos, um talento nato pra desenvolver um elo de confiança entre eu e eles! Cultivei alguns amigos que me foram de suma importância em muitos dos momentos complexos da minha vida afetiva!


O que mais me chamou a atenção foi o medo que tem os homens em assumir o tal “namoro”.


Na verdade, quando se começa sair com alguém, a gente fica meio ceguinha... É aquela coisinha do friozinho na barriga toda vez que o celular toca e aparece lá o nome do dito cujo por quem você treme só de ouvir a voz!


Vixe, nós ficamos bobinhas, levinhas e com aquele sorrisinho peculiar de expectativa boa...


Daí vem aquele super investimento em novas roupas, lingeries, aquela cortadinha básica nos cabelos e horas a mais na academia pra destruir de vez aquela celulite que a gente abomina!!!

Vocês passam a fazer todos os programas possíveis e imagináveis que só um casal super apaixonado faz. Viajam juntos nos fins de semana, dormem de conchinha e até visitam a sogra! Você se pergunta:será que estou namorando?

E aí o cara apavorado com o rótulo “namoro” começa a dar sinais de que você é apenas a companhia ideal pro momento super ocupado dele, fala que você é incrível, linda perfeita e blá-blá-blá... mas...o fofo ainda não se sente psicologicamente pronto pra assumir um compromisso sério! (haja paciência!)

Acalme-se colega! Respira fundooo! Nada de chiliques. Mantenha-se na fina essência de mulher super compreensiva.(haja saco!) ou, então, dê o famoso xeque-mate e corra o risco de nunca mais vê-lo! É pegar ou largar!!!

O coitado sofre da famosa síndrome de “fobia do namoro”. E a cura, minha cara, ainda não descobri!


Se esse ser é incrivelmente a melhor companhia pra você, esqueça o “RÓTULO” e viva a historinha de amor de vocês sem essa necessidade de dar nomes pra isso!

Eu aposto que um dia você se surpreende com o moço! Ou...ele com você!!! E leva um pé na bunda, porque de repente um louco qualquer atropela você com propostas bem mais interessantes, e... você diz “bye -bye BABY, bye bye!!!

Ironias do destino!
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* jornalista

A OMISSÃO NA PERIFERIA FICOU NO PASSADO?

por Cyro Saadeh*
Muitos especialistas afirmam que o crime organizado, como o tráfico de entorpecentes, conseguiu estabelecer-se na periferia, em especial na região das favelas, em razão da omissão estatal. De fato, durante a ditadura militar, a questão social ficou em segundo plano e não houve um planejamento estratégico de inclusão.
A ausência de escolas, de áreas de lazer e de postos de saúde nas favelas, levou os traficantes e outros criminosos a, espertamente, oferecer ajuda financeira, incluindo medicamentos, aos moradores e, assim, ganhou certa simpatia da comunidade. Enquanto os criminosos agiram em prol dos carentes, o Estado permaneceu inerte por muito tempo.
Hoje, uma parceria entre os Governos federal, estadual e municipal promete repassar 1,49 bilhão, grande parte vinda do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, para investimento exclusivo nas favelas paulistanas, que somam mais de 1.600, com um total próximo de 1,5 milhões de moradores. É um número espantoso. O dinheiro, que não é muito se dividido pelo número de beneficiários, será utilizado em assistência médica e laboratorial, construção de moradias populares e implantação de uma Fatec.
O falecido Mário Covas havia iniciado um programa inteligente e revolucionário de implantação de órgãos públicos nos locais mais distantes, incluindo so Centros de Integração de Cidadania, há quinze anos. E esse projeto das 3 esferas de governo vem complementar o que já fora iniciado, mas é necessário mais. Mais dinheiro. Mais escolas. Ampliação do período de aulas, alcançando a integralidade. Transporte público. Construção de centros culturais, praças, parques e centros poliesportivos. É necessário levar a cidadania aos excluídos do mundo cultural, mercadológico e social em que vivemos.
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* jornalista

AS PRISÕES DURANTE O REGIME MILITAR

Recentemente pude ter o privilégio de conversar longamente com um ex-preso político; ex-presidente da Federação Nacional de Ferroviários, de 1959 a 1964; atual presidente do Fórum de ex-presos e ex-perseguidos políticos do Estado de São Paulo; e um dos fundadores da ALN - Ação de Libertação Nacional, em 1967, logo após ele e o Marighella saírem do Partido Comunista do Brasil, o Partidão. Diz que brigou com os líderes do antigo PCB porque sempre acreditou na necessidade de ensinar a teoria comunista aos trabalhadores, ideal abandonado pelos comunistas à época.
É um senhor simpático, curvado pelo tempo e cujos olhos azuis brilham ao falar sobre sua história e a de muitos companheiros. É daqueles que não perdeu o ideal e continua fiel ao socialismo. Acredite, já na casa dos 80 anos ele continua um militante político, mas das causas que crê serem de justiça, como do amplo acesso à educação e à saúde e outras causas que diz serem comunistas. Acha que a geração de adolescentes e de jovens é muito apolitizada e recomenda relembrarmos o nosso passado para repudiarmos qualquer tipo de regime totalitário que pretenda cercear a manifestação do pensamento e as liberdades ideológica e partidária.
São tantas as confissões e tantos os sonhos que criamos ao ouví-lo, que a fala torna-se um enredo de um bom livro.
A cada instante de conversa, uma surpresa. Na mesma cadeia em que permaneceu estavam membros de 27 diferentes organizações revolucionárias que aproveitaram a oportunidade para trocar informações. O regime fortalecia a resistência.
Eu creio que você não saiba, mas houve até um navio-cadeia ("Raul Soares") para os presos políticos. Algo horrendo, pois quem era detido imaginava que o seu destino poderia ser tão somente o alto mar.
São informações deste tipo que fazem de Raphael Martinelli um dos raros idealistas que não esqueceram dos sonhos de outros tempos, e é isso o que o torna especial.
Em breve, mais revelações.
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Cyro Saadeh é jornalista

UM MUNDO MAIS XENÓFOBO E QUE TRATA O SER HUMANO COMO OBJETO DE LUCRO

(imagem de domínio público - Nasa)
por Cyro Saadeh, jornalista*


O mundo está ficando cada vez mais xenófobo, onde o que reina são os interesses exclusivos dos que detêm a força. Você duvida disso? Então veja o que anda acontecendo no mundo afora.


A Colômbia, que detém as forças militares mais bem aparelhadas da América do Sul, invadiu recentemente o território equatoriano, a pretexto de enfrentar guerrilheiros das FARCs. Sob o mesmo argumento, Israel invadiu o Líbano há 2 anos e a Turquia atacou o norte do Iraque no ano passado em mais de uma ação beligerante. Agora, o Afeganistão, governado por pró-americanos, ameaça invadir o Paquistão, a pretexto de combater os Talebãs que se escondem no país vizinho. Os países mais fortes ou os que detêm alianças mais poderosas burlam leis internacionais e afrontam a soberania territorial alheia.

Ao mesmo tempo, evita-se o ingresso de estrangeiros clandestinos. Os Estados Unidos constroem enormes muros na fronteira com o México e a Europa resolveu que os imigrantes ilegais podem ir para a cadeia e não simplesmente serem expulsos com concomitante punição administrativa, como ocorre na maior parte do planeta. A França, sob o governo do direitista Sarkozy, em cinco meses aumentou em 80% a expulsão dos ilegais. Tais medidas européias podem ser vistas como meramente protetivas, mas têm um efeito humanitário devastador, pois atingem basicamente os africanos, os turcos, os árabes e os latinos, que viajam em busca de um conforto econômico, inexistente no país de origem.

O mundo globalizado perdeu o pequeno equilíbrio que vinha mantendo. Hoje, permite o bombardeio e a invasão de território estrangeiro, bem como a construção de muros enormes segregadores e ainda a aplicação de pena de cadeia para aqueles que busquem não diversão, mas trabalho em países mais ricos. O mundo que tentou globalizar-se denota agora que o que importa é o imperialismo econômico, com as transnacionais lucrando mundo afora. As pessoas se tornam mero objeto, de lucro, óbvio.

O VÍDEO PARA O MÊS

ESTAMIRA é um filme polêmico e que sensibiliza logo no primeiro minuto. A fotografia é perfeita e a música também; e a história é real.
Afinal, quem é dono da razão? Quem é louco? Quem é profeta? Nos tempos atuais, olhamos para o consumismo como fonte de paz, mas em outros tempos não era assim. Estamira, personagem que dá nome ao documentário, vive catando lixo numa condição deplorável e é considerada louca e também profetisa. Loucura? Lucidez? Solução? Dignidade? Capitalismo?
Saiba um pouco mais sobre Estamira no wikipedia. Clique aqui.
Veja a página oficial: http://www.estamira.com.br/
Veja a chamada do vídeo na página oficial ou no youtube. Para ver no youtube, clique aqui.

A IMAGEM PARA O MÊS


A foto ao lado é da biblioteca de Alexandria, no Egito. Para quem não sabe, as bibliotecas e as universidades sempre foram valorizadíssimas no mundo árabe.
Recentemente, a humanidade teve perdas incontáveis com o ataque estadunidense às bibliotecas de Bagdad, algumas das fontes secretas de cultura e que guardava muitos textos históricos e filosóficos, vários ainda não traduzidos, da era helenística.
(foto: divulgação)

A FRASE PARA O MÊS

Não é recente, mas merece ser relembrada:
"Utopia. Ela está no horizonte. Dou um passo e ela se afasta dois. Caminho dez passos e o horizonte corre dez mais. Por mais que eu caminhe, nunca a alcançarei.Utopia, para que serve? Exatamente para isso, para nos fazer caminhar".
Eduardo Galeano

A PRESENÇA ÁRABE NA LÍNGUA PORTUGUESA

por Cyro Saadeh*
Saiu no Observatório da Imprensa, nesta última edição, uma matéria de autoria de DEONÍSIO DA SILVA, escritor, citando os livros "Português para Falantes de Árabe" e o "Léxico Português de Origem Árabe", ambos da Almadena editora, e também a existência dos escritores de origem árabe, onde se destacariam Emil Faraht e Salim Miguel. Na verdade há muitos outros, como Milton Hatoum e intelectuais da altura de Emir Sader e Aziz Ab'Saber.
Para quem não sabe, há dezenas e mais dezenas de palavras em português de origem árabe. Muitos dos costumes, no que se inclui a arquitetura, foram influenciados pelos árabes. Muitos dos navegadores que acompanharam Cabral na sua chegada às terras brasileiras eram mouros, ou seja, árabes. O português tem muito de árabe, de certo, mas os brasileiros também.
Vale a pena ler o artigo A PRESENÇA ÁRABE NO PORTUGUÊS. Boa leitura!
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* jornalista

DEVANEIOS DE QUEM SE ACHA ESCRITOR, POETA OU APENAS UM SER REFLEXIVO

O CONVENCIONAL
O convencional pode não apenas significar um conformismo, mas massificação e burrice. É o deixar levar-se. Opor-se a modismos pode trazer a sensação de concretizar descobertas, ainda que pequenas. É o posicionar-se. Quando se descobre a essência das coisas, tudo que é superficial perde o sentido.
SOB A CHUVA
SOB A CHUVA QUEREMOS NOS RECOLHER, DORMIR, SONHAR.
COM ESSE TEMPO, NÃO QUEREMOS NADA QUE NOS TIRE DO ACONCHEGO.
SOB A CHUVA HÁ UM CERTO TEMOR DA NATUREZA.
SINAL DE QUE AINDA NÃO A DOMINAMOS. SERÁ QUE LHE RESTA ALGUMA DÚVIDA, MESMO COM OS ACONTECIMENTOS ATUAIS?

ESTADOS UNIDOS E PERU NEGOCIAM CONSTRUÇÃO DE BASE MILITAR

MAPA EXTRAÍDO DO PORTAL DO GOVERNO DO PERU NA INTERNET



Acaba de ser confirmado pelas Forças Armadas do Peru que há uma negociação com o Pentágono sobre a instalação de uma base militar estadunidense naquele país, na zona de Ayacucho, próxima ao Acre. Nessa região já operam mais de 100 soldados estadunidenses com o aval do governo peruano. Os Estados Unidos têm profundo interesse em substituir a de Manta, no Equador, que será fechada em 2009 por força de decisão do parlamento equatoriano. A notícia é do jornal argentino Página 12.

QUEM PRECISA SER POETA PARA ESCREVER SOBRE A VIDA E O AMOR?

por Cyro Saadeh, pretenso escritor


Não consigo escrever pouco, não adianta.
Não consigo não desejar viajar, amar e tantas outras coisas.

Já me falaram que estou nas profissões certas, advogado e jornalista, pois são trabalhos que exigem uma boa escrita. Ah, mas eu não quero só escrever bem, sonho em ser escritor, daqueles que escreve de montão... montão de realidades, montão de sonhos e também de utopias.

Já me disseram que seria um bom caminhoneiro, de tanto que pego estradas pelo Brasil afora. Ah, mas queria era ser astronauta, para viajar além do nosso planeta.

Também já me falaram que para amar basta estar vivo. Mas não quero só viver e amar. Quero fazer tudo isso intensamente, respirar e me alimentar da vida e amar a própria vida.

Ah, talvez não esteja poético, mas quem precisa ser poeta quando escreve da vida e do amor? São poesias vívidas.

PAULISTAS EM ALTA NO CAMPEONATO BRASILEIRO


por Thiago Bassan*


A última rodada do Campeonato Brasileiro foi proveitosa para os times paulistas. Das quatro equipes do estado que disputam a competição, apenas o Santos não venceu. O time do litoral empatou com o Fluminense, na última quinta-feira em 1 a 1, gol de Thiago Luís aos 46 minutos do segundo tempo. O resultado deixou o Peixe na décima-sétima colocação, na zona de rebaixamento. O lateral Carlinhos deve ser trocado por Apodi, do Cruzeiro. E o zagueiro Betão deve deixar o clube. Ele tem proposta de um clube da Ucrânia no valor de US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 4,1 milhões) e a negociação pode ocorrer ainda nessa semana.


O São Paulo mostrou que está totalmente recuperado da eliminação na Taça Libertadores da América. O Tricolor bateu o Flamengo, no Maracanã, por 4 a 2. Borges foi o destaque da partida, marcando dois gols. Com a vitória, o São Paulo está em sexto lugar, com nove pontos. O atacante Adriano, conhecido como O Imperador, afirmou que pretende fazer a partida de despedida com a

camisa do clube, antes de retornar para a Inter de Milão.

No Palmeiras, o clima é de paz, após a goleada sobre o Cruzeiro, na última quinta-feira,por 5 a 2. O técnico Vanderlei Luxemburgo afirmou que não vai deixar a equipe, mesmo após o suposto interesse do Lyon, da França, em ter o treinador: "Dificilmente eu sairei daqui. Meu contrato é muito bom, o projeto que eles me ofereceram é maravilhoso", disse Luxemburgo. O Verdão ocupa a quinta colocação, com 10 pontos. O jogo foi prestigiado por um ex-jogador da época de ouro do alviverde: Rivaldo, campeão do mundo com o Brasil em 2002, esteve no Parque Antártica e afirmou que quer encerrar a carreira no clube.

A Portuguesa conseguiu sua segunda vitória no Brasileirão. O time do Canindé venceu o Atlético-PR por 1 a 0, gol do atacante Washington. Foi o segundo gol do jogador em dois jogos vestindo a camisa da Lusa. Com o resultado, a Portuguesa está em 11º lugar, com oito pontos. Na próxima rodada, o time vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Botafogo, no estádio Engenhão. Os dois times já se enfrentaram esse ano pela Copa do Brasil. E o alvinegro carioca levou a melhor. No Canindé, empate em 1 a 1. E no Engenhão, vitória do Fogão por 2 a 1 e eliminação da Lusa no torneio. Agora, os lusitanos querem vingança.

Pelo Campeonato Brasileiro da série B, o Corinthians manteve 100% de aproveitamento na competição. O Timão goleou o Brasiliense, no Pacamebú, por 4 a 1, e chegou aos 18 pontos, na liderança da competição. O resultado serviu para acalmar os ânimos da fiel torcida, que protestou contra alguns jogadores após a derrota na final da Copa do Brasil para o Sport, na última quarta-feira, por 2 a 0. O time jogou sem seu goleiro titular,Felipe. O jogador foi considerado por muitos o responsável pela derrota, por ter falhado nos dois gols do time pernambucano. Existe a possibilidade de Felipe deixar o Corinthians.

Dos outros times paulistas na série B, destaque para o Santo André, que goleou o Barueri, fora de casa, por 5 a 1, e chegou aos oito pontos, na nona colocação. O resultado causou a demissão do treinador Émerson Ávila, do Barueri. O São Caetano, que enfrenta o Santo André nessa semana, no clássico do ABC, também conseguiu um importante resultado. O Azulão bateu o Bragantino, em casa, por 2 a 0. O time é o vice-líder da competição, com 11 pontos. Já o Bragantino ocupa a 14ª colocação, com sete pontos. Na última terça-feira, o Marília venceu a Ponte Preta por 3 a 1 em casa e está na 15ª colocação, com sete pontos. A Macaca, com a derrota, ficou em 16º lugar, com seis pontos, uma posição acima da zona de rebaixamento. Nessa semana, o time de Campinas deve anunciar o nome de um novo treinador, em substituição à Sérgio Guedes, demitido semana passada.

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* jornalista esportivo e colunista do JP

VEXAME NACIONAL


por Thiago Bassan*


Enquanto os times de São Paulo vão bem nas competições nacionais, a Seleção Brasileira deu vexame pelas eliminatórias válidas para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Jogando um futebol muito ruim, o Brasil foi derrotado pelo Paraguai, por 2 a 0, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção. Sem nenhuma criatividade, a seleção canarinho foi dominada pelo Paraguai e criou poucas chances de gol. Mesmo com um jogador a mais durante praticamente toda a segunda etapa, o Brasil não conseguiu impor seu futebol.


Os gols foram marcados por Roque Santa Cruz e pelo atacante Cabañas, famoso por ter marcado os gols que eliminaram o Santos da Taça Libertadores, no confronto frente ao América-MEX. Com essa derrota, o Brasil agora está em quarto lugar, com oito pontos. A seleção brasileira mostrou que precisa melhorar muito para o próximo confronto das eliminatórias, que será contra a poderosa Argentina. A partida contra os Hermanos, que estão em segundo lugar nas eliminatórias, será disputada na próxima quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte. Os ingressos para a partida já estão esgotados desde a semana passada. Uma nova derrota pode custar o cargo do treinador Dunga, que está ameaçado

As quatro primeiras seleções garantem classificação para o Mundial.

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* jornalista esportivo e colunista do JP

SPFW homenageia a terra do sol nascente


por Leliane Moraes*



A semana da moda de São Paulo, trará a coleção primavera/verão com inspiração na cultura oriental.

O Japão será tema da 25ª edição da SPFW, que começa nessa terça-feira, 17 de junho, e em eventos paralelos aos desfiles a moda japonesa será abordada, como uma homenagem aos 100 anos da imigração japonesa no Braisl.

Justa homenagem, tendo em vista que estilistas japoneses contribuem de forma essencial, exótica e única para que a moda ocidental seja reformulada, repaginada e reinventada, encantando as antenadas e tradicionais e transformando o Brasil nesse mix cultural que afeta também o setor da moda.


Aplausos a semana mais elegante da estação!

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* jornalista

Nossa São Paulo

Em qualidade de vida, a nossa cidade nunca esteve bem posicionada, não. Embora rica, a megalópole apresenta uma série de problemas, como trânsito e criminalidade. Quem não tem medo de caminhar à noite ou parar em algum semáforo com o carro? E quem nunca se estressou com o congestionamento?
Nesse aspecto, a Vila Pompéia apresenta uma qualidade de vida incrível. É possível ver pessoas caminhando com cachorros e gente conversando nas esquinas ou nos bares. É um bairro que ostenta algumas qualidades do interior. Porém, o trânsito anda cada vez mais caótico nos extremos da avenida Pompéia, seja rumo à Heitor Penteado ou à Turiaçu.
Se a cidade fosse o nosso bairro, seria um dos melhores lugares para se morar, não tenha dúvida.
Muitos paulistanos pensaram em sair da megalópole em busca do sossego. Outro tanto resolveu mudar de bairro como forma de busca qualidade de vida. E São Paulo tem esses pequenos segredos. Em determinados bairros ainda é possível ter uma boa qualidade de vida sem viver segregado entre quatro paredes com uma pequena fresta para o acimentado mundo gélido.
São Paulo, que antes era conhecida como a cidade da garoa, hoje tem mil facetas. É a cidade da maior parada gay do mundo, de um dos maiores congestionamentos do planeta, de um dos melhores centros gastronômicos do planeta e com um roteiro cultural que não fica muito atrás do que denominamos mundo rico. Há gente bela e milionária e pessoas esquecidas pelo mundo emoldurado pela aparência. Aqui os contrastes são imensos, injustos e cruéis. O que é belo em S. Paulo são as diferenças e não as injustiças. Aqui há de tudo. É uma cidade que cheira modernidade, cosmopolitismo, cultura...
E com todas as qualidades e defeitos, São Paulo não tem ocupado um bom lugar no ranking de qualidade de vida. Ao menos é o que apontam as pesquisas mais recentes.
Uma pesquisa que ouviu executivos que trabalham em outros países que não o de origem, realizado pela Mercer Consultoria Internacional, colocou São Paulo atrás de Brasília e Rio de Janeiro. Sim, a nossa S. Paulo, num ranking mundial de qualidade de vida, ocupa apenas o 119º lugar. E quando se fala em segurança, então, fica ainda mais para trás, em 180ª posição, atrás de cidades como Manaus, Brasília e Rio de Janeiro.

CANUDOS


(foto extraída da página www.bahia.com.br)

por Cyro Saadeh*



Creio que não tenha contado a absolutamente ninguém que há uns 2 anos e meio havia iniciado um longo escrito sobre Canudos e o seu açude Cocorobó. Tinha lá umas 30 páginas com uma redação para lá de caprichada e poética e perdi por conta de um problema que tive com esse objeto imprescindível de informática chamado computador.

Acabei desistindo da idéia de escrever, pois isso exigia uma forte inspiração, coisa que já não tinha mais, e optei por realizar um vídeo complementar àquela proposta, o de retratar a realidade infantil naquilo que poderia ter sido chamado de barbárie contra a infância. Trata-se de projeto e está configurado como tal. Um dia, como planeja e sonha todo documentarista e também os cineastas, irei realizar essa idéia.

Muitos não sabem, mas as crianças carregaram as dores da guerra de Canudos ou, em outras palavras, do Brasil contra o Brasil, por muito tempo. Várias centenas tornaram-se órfãs e outro tanto foi levado à prostituição na capital Salvador e em Sergipe. Muitas foram adotadas irregularmente e a história familiar desses seres foi rompida bruscamente.

A realidade, hoje, não é diferente naquela cidade que se denominou de Canudos. Sim, a Canudos atual é na verdade Cocorobó e a Canudos da história ficou submersa por conta de um enorme açude também chamado de Cocorobó. A história de Canudos não se resume a Cocorobó, ou coisa grande em tupi, mas está cercada dessas coisas. É uma ferida mal cicatrizada na história da nossa república. E, se fosse poeta, poderia dizer que Cocorobó é a lágrima de dor.

Fiz um documentário, juntamente com a jornalista Mariana Di Lello, sobre o açude que prometia trazer tranqüilidade e sossego aos persistentes moradores da região e que pôs fim à possibilidade de vermos o que restou das 4 famigeradas guerras de brasileiros pobres vindos de todos os cantos contra brasileiros sonhadores do sertão.

Muitos dizem muitas coisas sobre o projeto de Antônio Conselheiro. Era implantar o socialismo; era criar um movimento de lutar por terras, embrionário do MST; era um movimento estritamente religioso; era um movimento de loucos; era um movimento financiado por potências estrangeiras; era um movimento financiado por setores avessos à forma republicana de governo. São tantas as teorias e elucubrações. O que posso afirmar, por ter estudado e pesquisado, é que o movimento era de brasileiros que passavam necessidades e que criam na possibilidade de mudança dessa realidade.

A história de lá é tão rica. Nunca é demais ler 1, 2, 3 ou dezenas de vezes a obra de Euclydes da Cunha, “Os Sertões”, um marco na história do Brasil e uma das obras-primas da humanidade.

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* jornalista

PROCURA-SE INSETICIDA HUMANO

por MARIANA DI LELLO*


Após a derrota desejadíssima (por mim) de Hillary Clinton, B. Obama acaba de abrir as portas de sua possível candidatura. E, pelo visto, mesmo depois do desentendimento com o seu pastor, a fé continua a mover montanhas.

Dono de um coração bondoso, Obama não perdeu a (des)oportunidade de convidar Hillary para a sua chapa, mas, como óleo e água não se misturam, essa (des)união está longe de acontecer.


Recordando um passado não muito distante, me veio à cabeça a figura da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Se olharmos com profunda atenção, percebemos as nítidas semelhanças que existem entre Marta e Hillary. Seriam elas amigas de infância ou é apenas uma mera coincidência?


Para os intelectuais holísticos de plantão, coincidências não existem, o que me faz crer que as loiras se frequentam sem sombra de dúvidas! Entre escândalos e matrimoniais e e ideais políticos fracassados, ambas não descem do salto alto nem em momentos desfavoráveis.

Não que eu esteja desvalorizando a conquista das mulheres na política ou sendo irônica, mas seria hilário vivenciar um governo presidido por esta dupla. Calçadas sem buracos para não estragarmos os sapatos, projetos de permuta com a Daslu e todas as grifes famosas de New York e, de repente, até uma Casa Branca pintada de rosa bebê!

Falando em Casa Branca, Washington D.C é, sem duvida, umas das cidades mais organizadas e limpas que eu já tive a oportunidade de conhecer. No mês passado tivemos o feriado do Memorial Day que, para os leigos no assunto, é o dia em que os americanos relembram os soldados mortos nas guerras. A cidade, que estava repleta de homenagens e turistas, concentrou a venda de alimentos e bebidas em lugares especificos. Debaixo de um sol escaldante, fui à procura de um refrigerante. Quando pedi ao vendedor um "canudinho" ele me disse que o governo havia proibido para que ninguém os jogassem pelas ruas do Distrito de Columbia. "Que ideia brilhante", pensei com os meu botões, mas será que as versões plumas e paetês colocam a boca na latinha?


Minha mãe sempre disse que é preciso lavar antes de beber, porque o aluminio abriga milhares de germes. Falando em germes, alguém conhece alguma fórmula para exterminá-los da política?
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* jornalista

EDITORIAL

O Jornal da Pompéia está mudando.

Tem novos colunistas no ar. Alguns você ainda não viu e nem leu nada deles aqui no JP, mas eles estão lá, atrás do computador, revisando os textos e tentando deixá-los ainda mais agradáveis para a sua leitura.

Novos Temas no ar. Aqui são abordadas desde questões de dicas e do cotidiano até as voltadas à política e geopolítica. Direitos Humanos e Cidadania são abordados de forma contundente em alguns textos. A tentativa de abrir uma coluna específica foi abortada porque não alcançaria a meta desejada. O objetivo de trazer a cidadania e o conhecimento de direitos humanos cada vez mais perto do leitor não seria alcançado com mera teoria e não combinaria com o jornalismo proposto. Por isso, essas questões sempre estarão em pauta, mas incluídas em assuntos que digam respeito ao seu dia-a-dia, ao posicionamento político e a temas que você vê e sente na pele.

Direitos Humanos e cidadania aprendemos no dia-a-dia, na prática. Teoria nos faz saber e até conhecer, mas não compreender.

Não se esqueça. Aqui há espaço aberto para a sua manifestação. Bote a boca no trombone ou, se preferir, os dedos no teclado e mande o resultado pra cá.

DICAS DA LELI PARA O FINAL DE SEMANA


Aproveitando a volta do climinha gelado, nada melhor que engatar o final de semana dos namorados com um cineminha, aí vão algumas dicas da Leli:



O incrível Hulk no Brasil!!!


O filme Hulk, segunda adaptação, estréia hoje nos cinemas e com o diferencial de cenas rodadas no Rio de Janeiro, claro, em uma favela do Rio. Para enfatizar um pouco mais o cenário violento e suburbano que estrangeiros têm a respeito de nosso país, acham que somos futebol, carnaval e agora: favela e tiroteio.


Sex and the city


É um filme leve, bem elaborado, longo e deliciosamente intrigante, vale a pena assistir, não só as românticas e feministas de plantão, mas posso arriscar que esse filme pode urpreender e agradar a maioria do público.

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Leliane Moraes é jornalista e colunista do JP

“Rio da Integração Nacional” agora é o “Rio da Polêmica”

(foto de domínio público - Rio São Francisco visto do espaço - Image Science & Analysis Laboratory, Earth From Space Project, NASA)


por Auriane Brito*

Sabe aquela velha história de “acabar com a seca no Nordeste”? E as tais obras faraônicas que unem grandes empresários com interesses políticos? Agora o Rio São Francisco, que já está bastante degradado pelos problemas comuns dos recursos hídricos brasileiros como: esgoto, lixo, má utilização das águas... É assunto de debates constantes na Câmara.

Todos sabem que existem lugares bastantes secos na região Nordeste, mas não devemos esquecer que a seca é um fenômeno natural e é preciso conviver com ela, conforme já citei em textos anteriores. Existem várias alternativas positivas para as conseqüências que a seca traz nas quais foram apresentadas por organizações em defesa do Velho Chico ao governo. Essas alternativas são de baixo custo e eficazes para as famílias que sofrem com a falta de água, porém o governo não dá muita importância.



O projeto da transposição do rio São Francisco foi discutido pela primeira vez em 1818 e foi “esquecido” por falta de estudos aprofundados e de verba suficiente para sua inicialização. Após um tempo, o tema voltou à tona por políticos que querem pressa no projeto.



Lembro-me com clareza do atual presidente Lula respondendo uma pergunta sobre a transposição do S. Francisco. Ele disse com todas as letras: sou a favor da revitalização.



Acontece que para revitalizar um rio tão degradado como o S. Francisco não será do dia para a noite, e não vai adiantar se a revitalização vir junta com a transposição que com certeza trará grandes impactos ambientais.



Para fazer a revitalização de um rio é preciso mais que plantar uma ou duas árvores nas suas margens. E os esgotos, os agrotóxicos que são diretamente jogados no rio sem tratamentos? E educação ambiental aos moradores ribeirinhos que jogam lixo no rio, retiram a mata ciliar para plantação, criação de gado e construções civis?



Rio da Integração Nacional, Velho Chico ou como queiram chamar, agora pertence àqueles que podem pagar por ele. Os terrenos localizados às margens do rio são os mais caros e as construções são as mais luxuosas.



Convido o leitor para refletir sobre o imediatismo político que visa dinheiro público, reeleição e favorecimento das classes altas. Se existe realmente interesse político em ajudar quem sofre com a seca, por que não colocar em prática alternativas baratas e melhorar a educação e saúde da população?



Os nordestinos há tempos não vêem grandes obras que favoreceriam todos saírem do papel. A corrupção está cada vez mais intensa (nem dá mais manchete de jornal) e a desinformação é presente entre os milhares de brasileiros que se dividem entre opiniões sobre o tema da transposição.



Grandes projetos de irrigação, exportadores de produtos cultivados no Nordeste, são incentivados pelo governo; enquanto os nordestinos comem as piores frutas produzidas, principalmente por falta de fiscalização e exigências dos órgãos internos.



Já está na hora dos brasileiros abrirem os olhos para o destino que os “poderosos” estão dando aos recursos naturais. Por isso leitor, não deixe de expressar sua opinião e suas dúvidas. Leia todos os textos (a favor ou contra) de forma crítica, porque ninguém é obrigado a aceitar tudo calado.

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* professora de Geografia e colunista do JP

FALANDO DE AMOR...

por Lu Matos*
“Amar é uma decisão, não apenas um sentimento; amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um substantivo, um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas, nem por isso, abandone o seu jardim. Ame o seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o. Isso é tudo. Ame, simplesmente ame!"
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Tinha me sentido na obrigação de iniciar minha coluna falando de amor. Como vamos ter aqui um papo muito intimo e voltado “pras meninas”, nada mais feminino que o amor! É, gente, o amor tem sexo, e ele é feminino, sim! Quem mais, além de nós, entende, compreende e tenta tanto, de tantas, bobas, lindas e avessas maneiras, decifrar o código do amor?


Não estou querendo transformar o amor num ato feminista! Mesmo porque amamos os homens!!! Ah os homens... essas criaturas que nos tiram noites de sono, embaladas por momentos de puro êxtase ou chorando a falta deles! Há quem diga que é um mal necessário, outros que são seres extraterrestres e, por isso, não há como entendê-los!


Eu prefiro defender o amor de todas as maneiras, seja entre homem/mulher, homem/homem, mulher/mulher!

Já vivi amores tão lindos que prefiro deixar no esquecimento os dissabores! Na verdade, tenho uma linha de defesa muito minha: “os amores que me machucaram, deixo-os no reservatório de experiência”.


Na memória ficam as viagens, os jantares, os acampamentos, ao joguinhos, as noites quentes, os namoricos telefônicos e por e-mail, os torpedinhos...toda essa magia que nos envolve quando estamos apaixonadinhos por alguém!”


Quer saber? Penso como já disse o Roberto Carlos: “se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!”


Portanto, mais uma vez, VIVA O AMOR!!!
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* jornalista e escreve para a coluna MULHER E COMPORTAMENTO do JP

LÁ VAI A DICA

Está bem, vou dar uma dica: escreva uma carta a mão, mesmo, só para quem você ama. Ah, isso é tiro e queda. Não há uma pessoa apaixonada que resista. Talvez isso a (o) incentive a fazer o mesmo. De quebra, você faz o romantismo aflorar e isso é único, básico e fundamental em qualquer relacionamento amoroso.
Está dada a dica... Mas eu não desisti, pois sei que após ela ler isso, uma carta não será mais algo inusitado, e eu continuo querendo surpreender, e você?

12 DE JUNHO NÃO É SÓ DIA DOS NAMORADOS


Agência Câmara


No dia 12 de junho é comemorado no Brasil e no mundo o "Dia de Combate ao Trabalho Infantil". Para alcançar as crianças na campanha de conscientização deste ano, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) vai usar a revista em quadrinhos do Plenarinho, com os personagens do site infantil da Câmara dos Deputados.
Integrantes da OIT passaram mais de um ano analisando personagens criados por órgãos e instituições de todo o mundo, até eleger a turma do Plenarinho. O acordo entre a OIT e a Câmara prevê que o organismo internacional, que é ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), será responsável pela impressão. O conteúdo e arte ficaram sob a responsabilidade da equipe que edita a revista do Plenarinho.
A primeira tiragem da revista, que já está no seu terceiro ano e na quinta edição, é de 162 mil exemplares, e a distribuição está a cargo dos parceiros envolvidos na campanha, como o Ministério da Educação; a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação; e o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, entre outros.
Personagens A Turma do Plenarinho e a professora Josefa são os protagonistas da revista numa história de combate ao trabalho infantil e do esforço para trazer de volta à escola Zeca, que foi trabalhar na roça; João Pedro, vendedor de balinhas nos sinais de trânsito; e Jana, que foi trabalhar com a madrinha. Essas situações se repetem no universo das crianças em todas as regiões do País. Para resgatar os amigos, a turma conta com a força do cata-vento de cinco pontas, que tem cinco cores diferentes e representa os continentes e seus povos na luta pelo fim do trabalho infantil.
"Este é o primeiro acordo da equipe do Plenarinho com um organismo internacional. Com isso, nós conseguiremos alcançar maior número de leitores e informá-los, já que nosso material didático tem pouca tiragem", ressalta a coordenadora do Plenarinho, Raquel Mesquita.
Deputada mirim Além da história, a revista contém passatempos, reportagens, glossário e um bloco especial com Karine Souza, de apenas 11 anos. Ela criou um projeto de lei sobre o trabalho infantil na última edição do projeto Câmara Mirim, que reuniu no ano passado cerca de 400 crianças, entre 9 e 13 anos, que votaram simbolicamente três projetos de lei selecionados por uma equipe do site.
O projeto criado por Karine proíbe o trabalho infantil e determina que as escolas públicas funcionem em tempo integral, com três refeições diárias para os alunos e bolsa-escola para as famílias, quando for comprovada a carência.
Está prevista uma segunda tiragem desta edição da revista, também de 162 mil exemplares, para ser distribuída em escolas do ensino fundamental nas redes públicas e privadas de todo o País.

NO DIA DOS NAMORADOS

Hoje é o dia dos namorados. Eu sei que se trata de um dia voltado especificamente às vendas no varejo. Na verdade, o comércio tem vários dias, como o Natal, o dia dos Namorados, o dia dos Pais, o dia das Mães e outros tantos. É, este tal de comércio realmente merece mais um dia só para comemorar o êxito em suas campanhas de marketing.
Mas, deixando de lado o consumismo embutido neste dia dos Namorados, que tal fazer uma comemoração sem ser em um shopping center? Restaurantes e motéis são uma boa, mas será que tem algo diferente? Eu não sei e se soubesse, sinceramente, não falaria, pois quero ser original nisso. Talvez amanhã, depois de surpreender, eu conte...
É, talvez seja essa a palavra-chave: surpresa... E surpresa não é só presente, não é só um jantar romântico e nem uma ida ao motel. É muito mais. Surpreenda-se!

Vamos beber e amar...e assim teremos uma vida longa e saudável!



por Leliane Moraes*


Esse friozinho, o dia dos namorados se aproximando e essa notícia maravilhosa que o vinho tinto, além de "ilustrar" perfeitamente uma noite romântica, ainda faz bem (literalmente) ao coração.

Uma substância química encontrada no vinho tinto pode ajudar a manter o coração "geneticamente jovem", segundo um estudo publicado no jornal acadêmico PLOS One. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison descobriram que as substâncias contidas no vinho tinto são capazes de frear mudanças no funcionamento dos genes do coração associadas à idade. Outros estudos já indicaram que um copo de vinho tinto durante as refeições pode ajudar a combater problemas do coração.

Que um "vinhozinho"sempre cai bem, nós sempre soubemos, mas que ele ajuda a manter o coração sadio, é o que eu chamo de unir o útil ao agradável, ainda bem que esses cientistas se incubem de estudar e comprovar notícias tão agradáveis e que, cá entre nós, vem bem a calhar nessa estação.
Então vamos nos render a esse prazer sem culpa, e de quebra acessar esse site: http://www.pavinhos.com.br/ e conferir todas as dicas de degustação, preços, os melhores para se presentear e tudo a respeito de uvas, safras, e o que estiver relacionado ao fascinante mundo dos vinhos. Vale também visitar a loja Pão de Açúcar mais próxima, e solicitar o auxílio de um dos atendentes, treinados exclusivamente para ajudá-lo a escolher o vinho que melhor se adeque ao seu gosto, preferência, ocasião e necessidade.

Bebam com moderação, mas bebam, e sejam felizes e saudáveis para sempre!
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* jornalista e colunista do JP

TESTE NUCLEAR NO ATOL DE BIKINI

(capa do documentário de 1987 - do diretor Robert Stone)

por Cyro Saadeh*


Você conhece a história dos testes nucleares que o governo estadunidense realizou no Atol de Bikini, no Oceano Pacífico, a partir do fim da Segunda Guerra Mundial? (saiba mais do Atol e de sua história clicando aqui).


Essa história foi uma das mais sigilosas, mas um documentário feito com retalhos de filmes dos próprios militares revelou como os nativos foram convencidos a se retirar e o que aconteceu com muitos marinheiros e familiares que permaneceram na ilha, crentes que nada lhes afetaria, mesmo com o estouro de bombas nucleares logo após a Segunda Guerra Mundial. Ah, mas este documentário não é encontrado facilmente, nem nos Estados Unidos nem no Brasil, mas passou na TV Cultura de S. Paulo nos anos 90.
Na página domínio público você poderá ver, ao menos, o estouro de uma das bombas (clique aqui para ver) e imaginar a história que foi narrada muito brevemente aqui, sem detalhes para não estragar a curiosidade daqueles que almejam ver na íntegra o documentário sigiloso de 1987 que chama-se Radio Bikini. Se você quiser ter uma breve noção do que o aguarda, leia o comentário da espectadora Maria José P. M. de Almeida, publicado numa revista de física de uma renomada Universidade (clique aqui para ler).
Você pode encontrar algumas imagens militares utilizadas no documentário Radio Bikini lá no youtube, mas o melhor mesmo é alugar o dvd e assistir o filme na íntegra.

A sexualidade e nós

(Retrato de domínio público. Autores: Eugenio e Maurício - Fundação Joaquim Nabuco)

por Alexandre Saadeh*




Dia destes uma paciente me perguntou em alto e bom som por que o sexo, que deveria ser uma coisa tranqüila, não é?



Por vários motivos. Penso que o mais importante deles é o fato de apesar de ser uma atividade fisiológica e de base biológica, ele é regido por valores culturais, religiosos e morais que o tornam um fenômeno único e de vital importância em nosso dia-a-dia desde que nascemos, pois é a forma que adquire o nosso prazer. A Psicanálise mesmo nos diz que qualquer prazer, em nosso desenvolvimento, ganha um cunho sexual.


A Medicina faz um esforço enorme para nos mostrar que a sexualidade tem um caminho “normal”. Isso cria o mito de que existiria um sexo, ou expressão sexual, considerada normal, adequada. Aliás, essa é uma pergunta que não canso de ouvir, se o paciente é normal por fazer isso, aquilo, dessa forma ou daquela. A Organização Mundial de Saúde nos diz que é normal a sexualidade exercida em plenitude entre dois adultos humanos vivos. Agora o que eles fazem entre si só é da conta deles e, portanto, normal para eles. Excitar-se com pés, gostar de sexo oral, preferir mulheres ou homens gordos, tudo isso só poderia ser considerado “anormal” se impedisse a vivência de plenitude do indivíduo ou o fizesse sofrer. O grande problema é que nossa moral, cultura e religiões penalizam, culpabilizam e condenam muitas formas de expressão da sexualidade por pura tradição, ignorância e preconceito. Muitas dessas expressões sexuais, como por exemplo, a homossexualidade, fantasias específicas, gostos particulares, não dependem de uma decisão racional, não são opções de alguém. Aliás, são falta de opção, pois há um determinismo biológico/psíquico em tudo isso.


Muitos estudos recentes demonstram que nosso cérebro, desde a infância, registra e busca replicar as experiências prazerosas, qualquer que seja. Os centros do prazer e da gratificação são próximos e a vivência sexual é capaz de produzir uma marca que voltará a ser buscada quando de uma nova experiência sexual.


Com isso tudo, cabe a pergunta, o que é normal em relação ao sexo? O quer a sociedade determina, o que dá prazer ao indivíduo ou o que excita a díade? Talvez tudo, possivelmente uma dessas opções. O que não podemos é julgar alguém por seu comportamento sexual. Ele só é uma parte do indivíduo, talvez a menos importante na convivência comunitária. Algo que é muito particular e específico. Delicado! Pois se assim não fosse, nossa vida sexual seria um livro aberto, o que não acontece. Quando você ouve alguém fazendo “propaganda” de sua vida sexual, desconfie, a grande maioria é enganosa. Sexo serve para nos dar prazer e aprender a conviver com as diferenças presentes em outros seres humanos. Nós transformamos isso num critério de valor, qualitativo, que diz se alguém é melhor ou pior. Acho importante ter em mente que a sexualidade madura é fruto de nossa evolução embriológica, nossas experiências vitais com prazer que são únicas e a construção pessoal de valores. Ou seja, é complexa, fácil de se complicar e nos tornar culpado. E isso acaba pesando em nosso cotidiano, fazendo do sexo não mais um “lugar” de relaxamento, exposição e aceitação do outro e de nós mesmos, mas sim um “lugar” onde julgamos e somos julgados; selecionamos e somos selecionados. Para quê?




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* Psiquiatra, Professor e Doutor em Sexologia

NOSSAS BANCAS DE JORNAL

por Cyro Saadeh
Talvez você não tenha reparado na quantidade de bancas de jornal no bairro da Pompéia. Tem aqueles jornais e algumas revistas interessantes, onde é possível aguçar a nossa vontade de ampliar o conhecimento.
Tem várias bancas, de diversos tamanhos e espalhadas por todos os cantos. Tem aquelas que se situam nos grandes postos de combustíveis, outras que se situam no meio das quadras de algumas ruas, outras nas esquinas das grandes ruas e na avenida do bairro. Sim, temos uma grande avenida, a Pompéia. Até a Afonso Bovero, que tem cara de avenida, é chamada de rua, mas isso não importa. Somos quase uma cidade dentro de São Paulo.
Caso você não conheça nenhuma banca, a dica é a do posto Ipiranga, na baixada da avenida Pompéia. Lá tem de tudo. Outras bancas você pode localizar no guiaperdizes.

VOTO LATINO

por RODRIGO FIERRO*


Antecipo que apesar do título não há nada relacionado à eleição nos Estados Unidos ou quaisquer outras pretensões eleitoreiras nesta singela postagem.



“Voto latino” é uma canção da banda mexicana Molotov que prega a igualdade dos povos em confronto ao ódio racista contra nós, latinos. Pois é, alem de brasileiros, somos latino-americanos e temos muito em comum com nossos vizinhos.



E, mesmo morando ao lado de povos com culturas tão ricas como a nossa, pouco sabemos sobre eles. Ouso dizer que pouco nos interessamos. E isso nos priva de conhecer, por exemplo na música, artistas de primeira linha, como Soda Estéreo, Los Prisioneros, Mercedez Sosa, Silvio Rodrigues, entre milhares de outros. Na literatura, há opções para todos os gostos: Garcia Marques, Asturias, Isabel Allende, Galeano, Vargas Llosa, Borges, Neruda.... Temos a chilena Gabriela Mistral, primeira mulher a receber o prêmio Nobel de literatura.




Talvez isso ocorra pelas nossas gigantes fronteiras ou o grande culpado seja o idioma, mas seria muito proveitoso conhecer-nos e desfrutarmos dos benefícios que uma grande "união latino-americana" perante o mundo. Fomos colonizados de forma catastrófica. Passamos o período da guerra fria sob o domínio dos EUA, que se empenhou em transformar governos democraticamente eleitos em ditaduras. Somos assolados por crises que deixaram a maioria de nós miseráveis. E estamos enfrentando uma possível dominação midiática.



Não se trata de propagar o ódio contra os “gringos”, mas apenas reivindicar um tratamento digno à nossa condição de seres humanos. Não há cidadãos de segunda classe neste planeta. Não somos apenas um conglomerado de republiquetas de banana. A América Latina vive o seu melhor momento e a ocasião é perfeita para a nossa verdadeira independência. Lógico que precisamos do mundo, mas o mundo também precisa de nós. O Brasil certamente tem posição de vanguarda nessa caminhada, mas devemos conhecer e respeitar nossos parceiros.



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* advogado e pós-graduando em Direito

ABIN


por Cyro Saadeh*



Muitas pessoas assistem filmes de ação e espionagem, como os do 007, e imaginam que isso só ocorra lá fora, com o Mossad israelense, a CIA estadunidense, o francês Segurança Exterior, o britânico MI5, o Serviço Federal de Segurança russo...
O Brasil também tem um serviço de espionagem, chamado ABIN - Agência Brasileira de Inteligência. Mas a história da espionagem brasileira remonta aos anos 20 do século passado, ou seja, há mais de 80 anos, com o Conselho de Defesa Nacional, criado pelo então presidente da República Velha, Washington Luis, em 1927. Posteriormente, o presidente Dutra substituiu esse serviço pelo Serviço Federal de Informações e Contra-Informações - SFICI, ligado ao Conselho de Segurança Nacional.
No auge da guerra-fria, nos fins dos anos 1950, com a divisão do mundo em dois blocos, o comunista, liderado pela União Soviética, e o capitalista, capitaneado pelos Estados Unidos, o serviço secreto brasileiro passou a repassar informações a vários países do bloco ocidental.
Com o golpe militar em 1964, substituiu-se o anterior serviço secreto pelo SNI - Serviço Nacional de Informações, a quem incumbiria coordenar as atividades de informações e contra-informações relativas à Segurança Nacional. Houve a incorporação de todos os antigos funcionários, civis e militares do extinto órgão. E no auge da repressão da ditadura militar brasileira foi criada a Escola Nacional de Informações, a EsNI e o Sistema Nacional de Informações - SISNI, que era coordenado pelo SNI e composto por diversos organismos do Executivo, atuarquias e empresas públicas, inclusive. Os agentes não confirmam, mas é certo que o setor de informações brasileiro repassou inúmeros dados confidenciais aos governos ditatoriais da Argentina, Chile e Uruguai durante o áspero tempo da operação Condor. Dizem, até, que o ex-presidente João Goulart foi assassinado no Uruguai por conta da troca de informações entre os serviços secretos daquele país e o Brasil. De qualquer modo, foi uma época que ninguém sente ou deveria sentir saudades.
Ao contrário dos militares, o presidente deposto João Goulart não investiu no órgão de informações existente e por isso não teve condições de evitar o golpe a tempo. Numa breve análise passada pelos militares fiéis ao governo eleito, concluiu que não teria condições de resistir ao golpe, o que o fez optar por deixar Brasília e determinar que não houvesse resistência. Tudo para evitar o derramamento de sangue.
Em 1989, com a promulgação da Constituição Cidadã, com o fim da ditadura militar e o governo civil de José Sarney (transição democrática), as informações passaram a ser voltadas à produção do conhecimento e as contra-informações à salvaguarda do conhecimento. O SNI voltou-se à defesa dos objetivos do Brasil no cenário internacional e de salvaguarda dos interesses do Estado contra as ações terroristas, de sabotagem ou espionagem.
O primeiro presidente eleito pós-golpe de 1964, Fernando Collor de Melo, extinguiu o SNI e criou a SAE - Secretaria de Assuntos Estratégicos, em 1990. Com a posse do vice Itamar Franco, em 1992, houve uma reestruturação administrativa e criou-se a SSI - Subsecretaria de Inteligência.
Com o fim da guerra fria, os serviços de inteligência passaram a combater o crime organizado, o terrorismo, o narcotráfico, a biopirataria, a espionagem industrial e os crimes transnacionais. E em 1997 era criada a ABIN- Agência Brasileira de Inteligência, que em 1999 passou a assessorar diretamente a presidência da República e como órgão central do Sisbin - Sistema Brasileiro de Inteligência, composto por todos os órgãos de inteligência do país, sejam militares ou policiais.
Hoje virou moda falar em serviços de inteligência. Todas as polícias têm o seu serviço de inteligência, a Receita Federal e muitas Secretarias Municipais e Estaduais Fazendárias também o têm. Outros órgãos públicos, os mais diversos, também já o criaram. Há até grandes empresas privadas e de economia mista que possuem núcleos que podem ser chamados de inteligência. Na verdade, os especialistas preferem chamar essas atividades de centros de informações, já que a inteligência propriamente dita é destinada não só a quem detém informações, mas ao organismo ou setor que pode, ao mesmo tempo em que conhece os fatos, analisá-los e tomar decisões imediatas para salvaguardar interesses vitais.
Hoje, a ABIN visa assessorar o Presidente nas questões de interesse do Estado e proteger assuntos sigilosos relativos aos interesses do Estado e da sociedade. Para isso, a agência pode, inclusive, firmar convênios com os serviços de espionagem de outros países. Há poucos anos, na época do PAN de 2007, criticou-se a ABIN por manter contatos próximos com a espionagem cubana.
Tema polêmico é a disposição da ABIN de fazer escutas e interceptar dados, quando houver suspeitas de terrorismo ou sabotagem, independentemente de autorização de juiz de direito. Hoje, a Constituição Federal exige prévia autorização judicial para qualquer modalidade de escuta ou de interceptação de dados. Embora haja projeto legislativo prevendo esses poderes ao nosso serviço de inteligência, a aprovação dessa permissão ainda depende de aprovação do Congresso Nacional.
Hoje, a ABIN pode ser conhecida um pouco melhor até pela internet http://www.abin.gov.br/. O atual dirigente da ABIN é um civil, ex-delegado federal e ex-superintendente nacional da Polícia Federal.
O serviço que antes assustou muitos brasileiros devotados durante os perversos tempos de uma ditadura não tão distante, hoje tenta se aproximar das pessoas com necessidades especiais e até das crianças, através da criação de personagens infantis. Isso não apaga o passado negro, mas é sinal de que a condução e os objetivos são outros, observando o respeito à cidadania e às diferenças que não afastam, mas que formam uma brasilidade necessariamente tolerante.
E se você curte aventuras e todo o estresse por detrás da atividade de inteligência e também domina outro idioma, pode arriscar a prestar concurso para ser um agente da ABIN. O concurso está agendado ainda para 2008. É, mas não se esqueça de que glamour e mulheres maravilhosas só há nos filmes. A vida real é bem mais dura e também mais humana, ainda bem. A cidadania agradece.
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* jornalista (a foto foi extraída da página oficial da agência)